segunda-feira, 30 de junho de 2008

Homenagem ao artista e à cultura capixaba

A cara do Grito desse mês homenageia o artista e a cultura capixaba. Através da exposição de uma obra que retrata um dos ícones da cultura da terra, as paneleiras, criada pelo artista plástico (e também ilustrador, programador visual e publicitário) que mais pinta o Espírito Santo, Wagner Veiga.
"AS PANELEIRAS" foi adquirida pelo Palácio Atílio Vivacqua – PMV Prefeitura Municipal de Vitória através da lei municipal N°3644, conhecida como LEI NAMY CHEQUER:
Inspirada em uma lei semelhante já existente em Recife desde os anos 80, já adotada também por algumas capitais, visa despertar na sociedade o interesse e o reconhecimento histórico pela cultura regional, ampliar o mercado de trabalho do artista plástico além de agregar valores tanto para o imóvel, como para o município.


O fascínio do artista pelo olhar fotográfico e pela atmosfera intimista dos interiores das casas, pelas cenas diárias da vida das pessoas e os objetos que as cercam, é facilmente identificado no conjunto de sua obra.


Wagner Veiga nasceu em Caçapava, São Paulo, em 1950. Aos 20 anos ingressou na equipe de artes gráficas da TVE-SP e no Instituto Nacional de Pesquisas Espacias - INPE como ilustrador e programador visual, em São José do Campos-SP. Trabalhou como diretor de arte em agências de publicidade em São Paulo, onde sua formação profissional foi propaganda, e posteriormente em Vitória em 1973, exercendo a mesma função em agências locais.

Paralelamente às atividades profissionais desenvolveu uma série de trabalhos em aquarela, acrílica e óleo sobre tela e participou de cerca de 20 exposições coletivas em São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Salvador, realizou 12 individuais em Vitória e uma em São Paulo, tendo sido classificado no I Salão de Arte do Yázigi, em 1998, e premiado com a Menção Honrosa no I Salão do Mar, em 2000.

Desde a década de 1990, Wagner se dedica exclusivamente à carreira artística e atualmente trabalha no seu ateliê em Vitória, onde desenvolve suas pinturas e ministra cursos de arte aplicada. Em 2001, publicou o Calendário 2002 contendo trabalhos em bico de pena das principais obras arquitetônicas e religiosas do Espírito Santo.

Em seu site é possível visualizar algumas de suas obras, um breve histórico de sua vida, detalhes sobre os cursos que ministra, alguns trabalhos criados para brindes empresariais e, é claro, uma seção para contato.

Para conhecer seu ateliê: Rua João Nunes Coelho, 20, Sala 03, Ed. Jardim Plaza, Mata da Praia. Referência: Em cima do Chopp 600.

Paneleiras:
As Paneleiras de Goiabeiras, assim chamadas por ser a maioria das artesães mulheres, residem no bairro de Goiabeiras, em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo.
Com competência confeccionam, em barro, panelas, potes, travessas, bules, caldeirões, frigideiras etc, de diversas formas e tamanhos. O processo de fabricação é praticamente o mesmo que os índios usavam quando aqui aportaram os portugueses na época do descobrimento.
O ensinamento, transmitido de pais para filhos, permite que a identidade cultural desta atividade seja mantida com muito poucas alterações, há várias gerações. São avós, mães, filhas e netas exercendo o mesmo ofício.
Anteriormente, as Paneleiras trabalhavam individualmente em suas próprias casas. Atualmente, mais organizadas, estão agrupadas na Associação das Paneleiras de Goiabeiras, uma espécie de cooperativa.
Trata-se de um galpão onde cada uma, independentemente, produz e comercializa suas próprias peças. Sob o aspecto econômico, a renda que auferem, é significativa no contexto da manutenção de suas famílias.
A Associação já se tornou um dos pontos turísticos da cidade, sendo visitada, regularmente, por turistas interessados em adquirir as peças e ver como as mesmas são confeccionadas.
Pesquisa e texto: Renato Wandeck

Saiba mais sobre a confecção das panelas!

Fontes: Site do Wagner Veiga, matéria do Século Diário, paneleiras de goiabeiras, www.ceramicanorio.com

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